it don´t mean a thing if it ain´t got that swing. duke ellington
tempoestranho@gmail.com
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quarta-feira, 31 de outubro de 2007
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Continuação
Quando se ama alguém, espera-se. Não é um frete. É amor. Pode ser doentio, pode ser banal, pode ser mesquinho ou pequeno-buguês. Mas espera-se. E espera-se que o outro chegue e nos acaricie o ego. O Godot nunca chegou e os amigos o esperavam em pé. Se a espera tem de acontecer, que haja espírito prático:
- Uma cadeira para o coração, se faz favor. Quanto é?
À Espera
Italo Calvino escreveu, entre muitas outras coisas e em muitos outros livros, pequenos trechos em que faz uma reflexão atenta sobre o comportamento humano. Racional mas polvinhada com pontinhas de nonsense. Em outras, consegue transmitir a hipocrisia das convenções sociais. De aquilo que, para a maioria de nós, é um estado adquirido sobre o ser e o estar.
Eu não faço aquilo que quero, eu faço aquilo de que se espera de mim.
O que assusta - ou talvez seja cinismo puro e duro - é a não-espera. Aquilo que Calvino (o escritor, não o teólogo entenda-se) escreveu em Se Numa Noite de Inverno Um Viajante:
És um daqueles que por princípio não espera mais nada de nada.
Ao que uma Marguerite Duras poderia responder: C´est tout!
Eu não faço aquilo que quero, eu faço aquilo de que se espera de mim.
O que assusta - ou talvez seja cinismo puro e duro - é a não-espera. Aquilo que Calvino (o escritor, não o teólogo entenda-se) escreveu em Se Numa Noite de Inverno Um Viajante:
És um daqueles que por princípio não espera mais nada de nada.
Ao que uma Marguerite Duras poderia responder: C´est tout!
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