Do ponto de vista político , o que caracteriza a era da globalização é o fosso crescente entre cidadania formal e cidadania efectiva.
Vilaverde Cabral escrevia assim na edição portuguesa do Le Monde Diplomatique. No essencial, nos países ocidentais existe um duplo défice no exercício da cidadania. Por um lado quem o pode fazer, participar activamente não o faz. No extremo temos um grupo excluído que quer participar mas a redoma legal/ social os impede.
Aquilo que se verifica, e em oposição ao reivindicado por essa massa amorfa que se auto-intitula "Geração de Abril", a escola é apenas uma outra forma de exclusão social. Quem pode, acede a uma boa educação. A maioria resigna-se com o serviço estatal.
A escolarização já não é mecanismo de interacção e mobilidade social e conciencialização da cidadania. Está entricheirada em barreiras de sucesso versus insucesso escolar e ratings.
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