Éramos miúdos. Nada pensávamos de nada. Só brincávamos e riamos. Nessa altura o mundo era muito grande mas, os nossos sonhos, maiores ainda.
Tinha sete anos e disse-lhe que ficaria com aquela fotografia até morrer. Mas quem pensa nisso com tão pouca idade? Nada disse a ninguém, com medo que não mais o deixassem brincar com a menina pequenina, franzina. A sua menina.
Imaginava que era tudo só eu e tu ou tu e eu. Muito bem somado, noves fora, tudo. Nós. Com a mesma riqueza de inocência que trespassa como espada o coração pequeno de quem não vê que os mundos das fadas são mágicos.
- A menina vai-me desculpar, concerteza.
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