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Existem livros que nos aguçam o apetite e que eu – como apreciadora de um bom prato e de um bom copo – comparo às ostras do Pap´Açorda, a um João Pires de 1992 ou a um bolo com cobertura de massapão (nas sobremesas sou menos esquisita).
Quando nos conhecemos senti um clique: é aquele que me vai levar ao extâse do conhecimento. Claro está, o livro não era – e não é! – meu mas foi ficando cá em casa, trocando olhares de soslaio e dependentes da mútua presença.
Mas pouco mais. As suas 602 páginas intimidavam-me. E capítulos como Algorithms And Turing Machines ou Quantum Magic And Quantum Mystery apresentavam-se-me assépticos.
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Esta semana, The Emperor´s New Mind vai voltar ao dono. Que, esse sim, o compreende como eu nunca tive sequer a coragem de compreender.
Arrogância a minha, qual trouxa de roupa haute-couture em corpo de criança que só quer jogar à bola.
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