Ouvir Stockhausen é uma experiência. Da primeira, nos idos de oitenta, e face à precocidade da idade, recordo apenas a sensação da música diferente que escoava num percurso de arquitectura-instalação nos jardins da Gulbenkian.
Da última, um concerto intimista, também na Gulbenkian mas desta feita no Grande Auditório. Muito poucas pessoas, curiosos, resistentes, melómanos ouviram a introdução do maestro que, de branco integral, pediu que os ouvintes se juntassem, as luzes se apagassem e os olhos se fechassem. A exigência da música electrónica deste alemão é tremenda. Um ou dois incautos adormeceram - o ressonar foi o sinal.
Wednesday Greeting - que não conhecia - com roteiro de viagem pelo compositor, e depois o famoso Kontakte fur elektronische Klange, Klavier und Schagzeug. Uma delícia que me levou, com prazer, naquele Novembro de 2005, a percorrer as avenidas novas em noite fria.
Karlheinz Stochausen - diz-me agora um amigo - morreu dia 5 de Dezembro de 2007 em sua casa, na Alemanha. Não sabia.
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