Penso que dia 9 do mesmo mês. Não tenho a certeza.
Não tenho a certeza de um milhão de coisas, grandes e pequenas.
Sonhei com uma menina a correr e um cão que entrava num lago para apanhar uma bola.
Uma casa de campo e duas árvores, com um caminho de cabras que conduzia já não sei onde.
A cama é sempre igual e as paredes também brancas. Assépticas, como se exige.
O lençol amarrotado pelas mesmas guerras e as mesmas curvas de um corpo cansado e dorido.
Aqui não sinto o silêncio mas ruídos.
Os passos das enfermeiras, o marulhar de chinelos em passos apressados como se existissem vidas para salvar.
E deixo o tempo correr, e uma vida que se agarra obstinadamente a um bilhete de identidade.
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